
segunda-feira, julho 04, 2005Coisa difícil é conversar com estranhos em Umuarama.3 prováveis motivos 1. Diminuição da distância percorrida por dia, logo menos estranhos no caminho. Trabalho a 8 quadras da minha casa. Vou à igreja que também fica a menos de 10 quadras da minha casa. Meus parentes e amigos moram relativamente perto. Por enquanto não freqüento outros círculos. 2. Não utilização de transporte coletivo, logo menos conversas nos caminhos. Estreitamente ligado ao item um. 3. Alto grau de informações sobre as vidas alheias. Vou a lugares diferentes acompanhada de conhecidos que muito provavelmente conhecerão grande parte dos estranhos e me livrarão no mínimo da ignorância do nome das pessoas em questão, muitas vezes complementando esta informação com a função do cidadão na divisão social do trabalho, ou na divisão familiar mesmo. “Diana, trabalha comigo fabricando flechas, Dionísio é dono de uma adega na Avenida Olímpia, e esta é Atena, filha de Zeus.” Tá, Umuarama nem chega aos pés do Olimpo, mas era só pra invocar os santos deuses nos vãos de informação. 4. Encontrar sempre um conhecido Nas ocasiões em que estou sozinha, logo encontro um conhecido, que toma a posição de ouvinte, agora durante um tempo vai realmente ter o que conversar comigo, afinal novidades não faltam. Havendo alguém que me ouça, suprindo a minha necessidade de falar, naturalmente deixo os estranhos de lado. Que coisa feia, não? 5. Pequenez do mundo Se o mundo é pequeno, Umuarama é menor (minha frase preferida nos últimos tempos). Segundo o cosmopolita Beneli, o que faz com que você converse com um estranho sem atritos, mas também sem ressalvas, é o fato de que você nunca mais vai ver a outra pessoa. Pena que a tese não seja universal. Mas tomara que ela vá pra França. Kathia 10:32 PM
Fale vc tbém:
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